“Não é data comemorativa, é protesto, luto e reflexão”
Em 4 de junho de 1982 foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) o Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão.
Essa data está longe de ser uma data comemorativa, porém, foi instituída em forma de protesto, luto e reflexão à essa violência que infelizmente, cresce todos os dias no mundo inteiro. A agressão física e psicológica deixa marcas para vida toda.
Este dia relembra todas as vítimas infantis de afogamento, envenenamento, espancamento, queimadura, trabalho infantil e abuso sexual, mas também é necessário chamar a atenção para a carência de proteção e de educação das crianças, que se encontram numa fase frágil, de construção de mentalidade, carácter e de valores. Garantir um ambiente seguro e são para o crescimento das crianças é um dever dos pais, famílias, comunidades locais, professores, educadores, governantes e população em geral.
Combater à violência infantil não é nada fácil, e, atualmente no Brasil, 18 mil crianças são vítimas de agressão por dia, o que de acordo com os dados apresentados pela Sociedade Internacional de Prevenção ao Abuso e Negligência na Infância (Sipani), representam 12% das 55,6 milhões de crianças menores de 14 anos de idade.
Um ponto importante sobre a defesa das crianças e adolescentes é em qualquer suspeita de violência ou agressão, encaminhar a denúncia para o Conselho Tutelar da cidade o mais rápido possível, tendo em vista que o público em questão é vulnerável. E, para saber o telefone do Conselho Tutelar mais próximo de sua casa, ligue para o número 100, lembrando que a ligação é gratuita e lhe é assegurado o anonimato.
Precisamos preservar a infância de nossas crianças e resguardar a adolescência também, afinal são períodos de extrema importância para o desenvolvimento sócio afetivo e cognitivo delas, além do que lutar por elas é garantir um futuro melhor e mais digno para o nosso mundo.
A seguir, confira algumas dicas de como identificar que uma criança está sendo violentada:
Perturbações no sono: A criança tem dificuldade para dormir ou fica com o sono agitado, podendo haver pesadelos repetidamente.
Alimentação: O apetite pode aumentar ou diminuir.
Desempenho na escola: Dificuldades de concentração, recusa na participação de atividades, queda no desempenho e aproveitamento escolar.
Mudanças de comportamento bruscas e repentinas: Podem envolver desde o desinteresse por atividades que costumam lhe dar prazer, ou até mesmo apresentar medos que já não possuíam antes.
Esse texto é uma reprodução do site da Prefeitura do Paulista/PE
Tribunal de Justiça de São Paulo
Iniciativa de combate à violência contra crianças e adolescentes.
O jornal El País veiculou, nesta terça-feira (2), matéria sobre a campanha “Não Se Cale”, lançada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo para incentivar denúncias de abuso sexual e agressões físicas e psicológicas contra crianças e adolescentes durante o período de isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19.
Em vídeos com o grupo Palhaços sem Juízo, o Setor de Atendimento de Crimes da Violência contra Infante, Idoso, Pessoa com Deficiência e Vítima de Tráfico Interno de Pessoas (Sanctvs) aborda o terma de forma lúdica. Na reportagem, a juíza coordenadora do Sanctvs, Ana Carolina Della Latta Camargo, explica que houve queda no número de notificações de crimes contra jovens (quase 70% em São Paulo no mês passado, de acordo com o Departamento de Polícia Judiciária da Macro Região – Demacro), mas que tal fato é motivo de preocupação, e não de comemoração.
“Os números acendem um alerta porque não há motivos para a diminuição.” Segundo a magistrada, conclui-se que os dados apontam para a subnotificação dos casos durante o período de isolamento social, em que as vítimas passam mais tempo na presença de seus agressores. “No caso dos estupros de vulneráveis, mais de 75% deles são praticados dentro de casa. Então acreditamos que não diminuíram; ao contrário, possivelmente houve um aumento com o confinamento forçado”, explicou. A ideia é sensibilizar as pessoas para que estejam atentas a qualquer caso de abuso ou violência.
Onde denunciar ?
As denúncias podem ser feitas pelo Disque 100, para violações de direitos humanos, e também pelo 180, no caso de abusos sexuais. Os serviços funcionam 24 horas por dia e o denunciante não precisa se identificar. Outra possibilidade é a de recorrer ao Conselho Tutelar da região, à delegacia mais próxima ou até mesmo chamar a Polícia Militar pelo 190 em caso de emergência.
Fonte: Comunicação – TJSP
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